terça-feira, outubro 04, 2005

Olha...

Descobri agora que estou de férias quinta e sexta :)
Alguém tem ideias?

segunda-feira, outubro 03, 2005

Beleza do mundo


Mil paixões se encerram no peito desse poeta.
Um oásis de cor esbatida pela necessidade de amar.
E nessa porta aberta,
à beleza do mundo sorri
até se pasmar.

Nesse segundo parado...
Não responde à frieza do mundo.
Vale mais ficar calado!

sábado, outubro 01, 2005

What's the purpose

"What's the purpose?"
Aparentas uma voz calma. Sais em surdina da rua onde passam as vestes ociosas do passado.

"What's the purpose?" - perguntas-me
enquanto eu deixo cair a tua blusa desapertando o último botão.

"Não sei" - penso!
Mais uma vez caimos na mesma solidão e essa fonte carnal com suor e gemidos latentes soa a solução pouco segura... (pausa) Sente!

O arrepio suave que um toque na nuca transmite e de seguida envolves de fragância mar os meus sentidos já prestes a brotarem com a correnteza das sensações cardiacas perdidas na infinitude da tua pelvis.

"Qual é o propósito?" - penso.
"Qual é o propósito?" - digo.
"Qual é o propósito?" - digo com afinco.
E já não sei se penso só ou também o sinto, como se a tua presença lançasse o meu coração num abismo de chamas. E perco-me enrolado no teu ventre, numa reaparição estranha de mim, na insistência das minhas veias carregadas de solidão prestes a explodir.

Qual o propósito disto, se não o fazemos de propósito nem com objectivo?

Efémuro e imediato como uma actuação, com o tu bailando sobre o eu, com a transcendência de ti negando este amor maldito que um dia inscrevi na minha vida. Para sempre condenado a te gritar:
"There is no purpose!"

sexta-feira, setembro 16, 2005

Verdade na Incerteza e Vazio na Razão

Quantas vezes procuramos sonhar e não encontramos porquê?
Quantas vezes tentamos sorrir e desistimos de seguida?

Encontrei vontade para estas coisas num único lugar.
Tantas vezes procurado e não conseguido, tantas vezes ignorado e posto de lado.

Na calma voz interior que me desperta para a vida, com o mundo e a paisagem como pano de fundo, vou vivendo a minha essência, talvez personagem, mas indubitavelmente mais nada senão eu.

Não importa se me levanto sóbrio e torno a cair nas malhas de uma ilusão definida na beleza fútil. Sou eu que decido, sou eu que prometo a mim mesmo viver. Não vou falhar nem vacilar e sei que no final - se é que ele existe - toda essa paisagem que se estende frente a mim, todo esse espírito das coisas que verte energia sublime e pura, converge a ser apenas aquilo que sempre foi: Espaço e tempo.

E nos milhões de olhares e raciocínios, tentando revelar lógica na solidão, vou descobrindo verdade na incerteza e vazio na razão.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Ainda agora ou Antes ou Amanhã

Ainda sou o mesmo que cativou o teu sonho e enrolou na saudade a razão porque fomos um.
Ainda trago pedaços de seiva enriquecida de amor que atropelam os meus dias.

Ainda agora ou Antes ou Amanhã
Nessa controversa leitura diagonal dos desejos entre nós.
A Felicidade terminou nesse momento, pois não havia lugar para voltar.
Berraste o meu nome e eu soube, de imediato, que tinha o mundo inteiro pela frente.

domingo, setembro 04, 2005

Vivências Democráticas

Todos temos algo para nos identificar-nos nesta breve passagem.
Nalgum tempo seremos apenas os espelho de outras coisas que nos moldam, mas quando no encontramos com aquilo que nos dá prazer, é ai que a nossa humanidade ganha os contornos reais da sua existência.
Nos ideais, com os quais lidamos todos os dias, aquilo que faz parte do nosso corpo efémuro, não submetido a jugos escravizantes, nem a pressões de um qualquer sistema podre. Temos a certeza que não vingará.
Apenas a beleza de um mundo renascido ou a certeza de que amanhã o sol nascerá mais brilhante, cheio de energia universal. Apenas acreditar que noutro ser, noutros seres, pode existir ou existe de certeza a vontade de transformar a realidade e usufruir dessa transformação positiva com os irmãos de luta.

Amanhã seremos mais. Amanhã é já hoje transformado numa direcção utópica. Amanhã é o fruto daquilo que imaginamos, não largando aquilo que nos faz querer estar vivos amanhã...

O Sonho!


quinta-feira, agosto 25, 2005

Brisa de Agosto

No cimo desse vale, no pico mais alto encontras a coragem e relembras as palavras da ausente brisa de Agosto:

«Vesta limpa incrustada e ausente
Ver de lado o verão que pressente
novidade,
luta...
"Tenho que ir!
Por favor mente!"...»

Que queres fazer agora?
Vês aquela núvem de fumo?
Portugal arde e nós somos os seus escombros desde há muito.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Raizes

As formas de ver as coisas que não são meros acasos, são um resultado de gerações, culturas, sabores a terra, temperança de uma familia, descendentes e ascendentes.

Quem nasce na sua terra tem a familia à porta, reconhece nos genes o passado da mesma. No entanto, hoje em dia, deslocam-se os seres humanos de lugar em lugar incessantemente. O que não seria grave. Pois o movimento de uma pessoa assemelha-se ao recolher do pólen pela abelha, de várias flores, enriquecendo o mel, o resultado dessa procura.

Não obstante a positividade desta atitude, compete a cada um não esquecer as suas raizes, o sitio de onde veio o seu sangue e buscar geração ante geração as motivações e mapa dos movimentos.